Preocupação: Um bichinho que corrói a mente

A preocupação é uma emoção universal que todos nós experimentamos em algum momento de nossas vidas. Ela pode ser desencadeada por uma variedade de situações, desde problemas financeiros até questões de saúde, relacionamentos ou trabalho.

Muitas vezes, ela é descrita como um “bichinho que corrói a mente”, uma metáfora que ilustra com precisão o impacto negativo que essa emoção pode ter em nosso bem-estar mental.

O que é a preocupação?

A preocupação é uma resposta natural ao estresse e à incerteza. O conceito de “pré-ocupação” é uma junção de duas palavras: “pré” e “ocupação”, que juntas sugerem a ideia de estar ocupado ou preocupado antecipadamente, antes que algo realmente ocorra.

No entanto, grande parte dessa antecipação mental são ilusões, medos e fantasmas criados pela mente que não costumam se concretizar.

E como o conceito acima já define, manter a mente ocupada com apreensões é de longe uma maneira eficaz para resolver as questões do dia a dia. Esse hábito apenas mantém a mente paralisada em uma situação conflitante e pode ser um caminho rápido para o adoecimento mental.

A preocupação pode ser um fenômeno comum em muitas pessoas, mas, quando ocorre em excesso e se torna crônica, pode ter um impacto negativo na saúde mental, levando a altos níveis de ansiedade e estresse.

O impacto negativo no corpo e na mente

A metáfora do “bichinho que corrói a mente” descreve de maneira vívida como a preocupação constante pode afetar nossos pensamentos e emoções.

Quando estamos constantemente preocupados, nossos pensamentos se tornam dominados por cenários negativos e isso pode levar a uma espiral descendente de ansiedade e estresse.

A liberação constante de hormônios do estresse, como o cortisol, pode levar a problemas de saúde, como pressão alta, distúrbios gastrointestinais e comprometimento do sistema imunológico. Além disso, a tensão muscular e a falta de sono, frequentemente associadas à preocupação, podem causar dores no corpo e fadiga.

Ela também pode causar insônia, tornando difícil para as pessoas encontrar o descanso necessário. A mente se sobrecarrega e não consegue se desligar dos problemas, mesmo quando o corpo precisa de repouso. Isso cria um ciclo de exaustão mental que só agrava o problema.

O ciclo vicioso da preocupação

A preocupação constante se estabelece de maneira gradual e silenciosa levando o indivíduo a um um ciclo vicioso que muitas vezes não é percebido. Quanto mais nos preocupamos, mais ansiosos ficamos, e isso, por sua vez, nos leva a nos preocupar ainda mais.

Esse ciclo pode ser difícil de quebrar, e é por isso que é importante aprender a lidar com as preocupações de maneira saudável.

E esse ciclo se estabelece justamente porque a preocupação não é uma estratégia para a solução de problemas, e sim um hábito negativo que mantém a mente estagnada em um loop de cenários negativos que são irreais.

Lidando com o desafio de maneira saudável

Lidar com esse desafio, ativamente, é essencial para criar uma mente saudável. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar:

  1. Identificar a fonte: O primeiro passo é identificar a fonte da preocupação. Às vezes, nossas preocupações são infundadas ou irracionais. Identificar o que realmente está nos incomodando pode ajudar a enfrentar o problema de maneira mais eficaz.
  2. Definir limites: Em vez de permitir que a preocupação domine teus pensamentos o tempo todo, é útil definir limites. Reserve um tempo específico do dia para refletir sobre teu problema, de forma racional e ativa, e depois faça um esforço consciente para direcionar seus pensamentos para outras áreas.
  3. Ataque os motivos: Crie um plano de ação para lidar com o que está lhe deixando apreensivo. Ataque o problema, se de fato for algo real, mas não permita ocupar sua mente com conjecturas que apenas atrapalham. Aja ao invés de se preocupar!
  4. Praticar a mindfulness: A prática da atenção plena, ou mindfulness, pode ajudar a acalmar a mente e reduzir a ansiedade. Através da meditação e do foco no presente, podemos aprender a controlar nossos pensamentos e reduzir a preocupação excessiva.
  5. Buscar apoio: Compartilhar suas angústias com um profissional de saúde mental pode ser muito benéfico. Às vezes, apenas falar sobre o que nos preocupa pode aliviar o fardo e trazer clareza.

Conclusão

A preocupação é de fato um “bichinho que corrói a mente”, mas podemos aprender a controlá-la e minimizar seu impacto negativo em nossa saúde mental. Identificar a fonte da preocupação, definir limites, praticar a atenção plena e buscar apoio são passos importantes para criar uma mente saudável.

Lembre-se de que é normal se preocupar de vez em quando, mas quando a preocupação se torna crônica e debilitante, é hora de buscar ajuda e adotar estratégias para restaurar o equilíbrio emocional em nossas vidas.

Sobre o Autor

Edneusa Santos é Psicóloga, Hipnoterapeuta e Especialista em Desenvolvimento Pessoal. Atuou por 23 anos na área de Gestão de Pessoas. Atualmente se dedica ao atendimento clínico e ministra treinamentos na área de inteligência emocional.

Fonte Imagem: Pixabay

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Edneusa Santos

Edneusa Santos

Edneusa Santos é Psicóloga, Hipnoterapeuta e Especialista em Transtornos de Ansiedade, Pânico e Desenvolvimento Pessoal. Atualmente se dedica ao atendimento clínico nas abordagens Cognitivo Comportamental e Sistêmica, além de ministrar treinamentos na área de Inteligência Emocional.

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