Nosso corpo requer atenção e é aqui que entra a afetividade como forma de cuidado e afeto consigo. Em uma sociedade cada vez mais acelerada essa atenção conosco vem sendo prejudicada e diversos impactos surgem como forma de alerta.
Nesse artigo abordaremos os impactos dessa aceleração desenfreada em nosso corpo, a relação entre afetividade e bem estar e como podemos praticá-la.
Sumário do Conteúdo
Os impactos da aceleração no Corpo
A atualidade vem trazendo algumas características marcantes, no sentido de que boa parte da sociedade se comporta de acordo com essas características. Uma delas é a rapidez.
É perfeitamente compreensível a adoção dessa forma de atuar que várias pessoas fizeram, uma vez que a otimização de processos é importante para a obtenção de resultados significativos em vários setores. No entanto, estamos adentrando em um caminho sem volta. E é o momento de ponderar.
Você já se perguntou, o que é possível acelerar e o que não é?
Essa é uma questão essencial para a manutenção da qualidade de vida de todos. Processos de maturação corporal, por exemplo, não podem acontecer em ritmo acelerado. A pessoa que cresce sem consciência corporal, terá uma série de dificuldades em manejar diversas complexidades do cotidiano, uma vez que não se trata somente do corpo em si, mas do seu lugar no espaço e em sintonia (ou não) com o espaço do outro.
Cabe ainda ressaltar, que além de questões globais de desenvolvimento, o corpo precisa de afetividade para se desenvolver.
A relação entre Afetividade e Bem Estar
Um exemplo importante do papel da afetividade em nosso desenvolvimento e bem-estar, é o fato comprovado cientificamente do poder do abraço para o desenvolvimento global de um indivíduo.
E quanto a isso, há uma consideração importante. Até uma certa idade, é mais incomum não recebermos estímulo e afetividade do meio externo. Mas a medida que vamos crescendo, isso se torna mais comum.
A forma como falamos e agimos uns com os outros vai se modificando, o que é esperado. Vamos amadurecendo e adotando novas posturas.
No entanto, o cérebro emocional, muitas vezes fica insatisfeito com essas mudanças. E nós vamos nos frustrando e, muitas vezes, esperamos que os demais nos ajudem a reagir, o que acarreta em mais frustrações. E um ciclo vicioso se forma.
Então, vamos pensar que nossa vida é um presente, e o corpo, parte essencial desse presente. Sendo assim, ele requer ser bem cuidado e amado.
Como podemos praticar a afetividade?
Vamos iniciar através do autoamor. Aqui vão algumas dicas:
- Se permita respirar: Muitas vezes somos apressados até para respirar e esquecemos que ao respirar pulsamos vida! Então, respirar devagar e profundamente, promove afetividade. Você pode até pensar nas palavras “inspira” e “relaxa”, enquanto tranquilamente faz um ciclo de respiração;
- Se olhe no espelho: Busque se admirar. Entender que o seu corpo pode não estar exatamente como você queria, mas é seu porto seguro, é uma atitude de afetividade consigo. E, se você cuidar dele, ele tende a apresentar resultados incríveis;
- Se abrace, se mime, se admire: Somente estando bem consigo mesmo, você vai conseguir estar em sintonia com os demais e tudo o que se encontra ao seu redor;
- Escute seu corpo: Lhe dando o descanso que ele precisa. Ofereça também o movimento que ele precisa, com atividades que tragam sensações vigorosas e prazerosas. Lembre-se que o seu corpo fala com você!
- Cultive a tranquilidade física e mental: Respeitando seus limites e movendo-se em direção aos seus objetivos. Isso é afetividade.
Conclusão
Nossa mente tem a função organizadora de toda a nossa estrutura. Mas o corpo é essa própria estrutura, e emite respostas ao cérebro. Essa estrutura tem suas peculiaridades, de organismo para organismo. No entanto, existe algo comum em toda essa estrutura, para todas as pessoas:
É preciso afetividade para se desenvolver! E mais:
Comunique suas necessidades, para quem sabe estar atento a essa comunicação.
Então, não deixe de escutar seu corpo, e com um afeto todo positivo, se dedicar às suas necessidades. Você vai se surpreender com o retorno dessas ações, não somente para o seu bem estar físico, quanto para o seu bem estar psicológico.
Sobre o Autor
Viviane Aires de Aguirre Mearraoui. Psicóloga, com atuação de 20 anos em área clínica. Mestre em saúde, interdisciplinaridade e reabilitação. Consteladora familiar.
Fonte Imagem: Pexels
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